Um novo estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Bolonha e publicado no prestigiado periódico científico EXCLI Journal analisou a relação entre a vacinação contra COVID-19 e hospitalizações por câncer. A pesquisa, a mais longa e abrangente do tipo até o momento, acompanhou quase 300.000 residentes da província de Pescara, na Itália, de junho de 2021 a dezembro de 2023. O estudo já foi revisado por pares.
A análise, liderada pela cientista Cecília Acuti Martellucci, comparou os dados de saúde de indivíduos vacinados (com uma ou mais doses) com os de não vacinados. O estudo utilizou dados oficiais do Sistema Nacional de Saúde italiano e focou nas primeiras hospitalizações por câncer, excluindo pessoas com histórico da doença antes do início do acompanhamento.
“A probabilidade de hospitalização por câncer foi maior nos indivíduos que receberam pelo menos uma dose, em comparação aos não vacinados”, escreveram os cientistas no estudo.
“Os indivíduos vacinados apresentaram maiores taxas de admissão por câncer de cólon-reto, mama, bexiga e todos os cânceres hematológicos”
Aumentos do risco de câncer encontrados:
O estudo calculou os seguintes aumentos percentuais no risco de hospitalização para vários tipos de câncer:
Risco geral de câncer
+23% após 1 ou mais doses (estatisticamente significativo)
+9% após 3 ou mais doses (estatisticamente significativo)
Por tipo de câncer
Mama
+54% após 1 ou mais doses (significativo)
+36% após 3 ou mais doses (significativo)
Bexiga
+62% após 1 ou mais doses (significativo)
+43% após 3 ou mais doses (significativo)
Cólon e reto
+35% após 1 ou mais doses (significativo)
+14% após 3 ou mais doses (não significativo)
Sangue (leucemia/linfoma)
+31% após 1 ou mais doses (não significativo)
+7% após 3 ou mais doses (não significativo)
Útero
+77% após 1 ou mais doses (não significativo)
+20% após 3 ou mais doses (não significativo)
Ovário
+71% após 1 ou mais doses (não significativo)
+86% após 3 ou mais doses (não significativo)
Observação: Os aumentos marcados como “significativos” atingiram um rigor estatístico que torna improvável que tenham ocorrido por acaso. Para os demais, a associação significa uma tendência preocupante.
Gráfico do estudo

Aumentos podem ser maiores: o “viés do vacinado saudável”
Paradoxalmente, o mesmo estudo confirmou que os vacinados tiveram um risco de morte por todas as causas 42% menor após uma ou mais doses e 35% menor após três ou mais doses, em comparação com os não vacinados.
No entanto, os autores apontam para um fenômeno conhecido como “viés do vacinado saudável” – a tendência de pessoas com melhor estado de saúde geral e hábitos mais saudáveis serem mais propensas a se vacinar. Eles questionam a magnitude do benefício observado: “claramente, a redução de 40% no risco de mortalidade por todas as causas observada em nosso estudo excede o impacto que poderia ser esperado da redução da mortalidade relacionada à COVID-19, que foi estimada como causadora de menos de 30% do excesso de mortalidade registrado em vários países”.
Este viés significa que, se os indivíduos vacinados eram inerentemente mais saudáveis, qualquer sinal de aumento em condições adversas de saúde (como o câncer) encontrado nesse grupo pode ser ainda maior. Ou seja, como é matematicamente impossível que tenha ocorrido uma redução de 40% em mortes por todas as causas, os números reais das porcentagem de aumento de câncer devem ser ainda maiores do que os relatados atualmente.
Assim explicam os cientistas: “Leva a uma superestimação da eficácia da vacina contra morte por todas as causas, também pode levar a uma subestimação do potencial impacto negativo da vacinação na hospitalização devido ao câncer”.
De qualquer modo, os cientistas afirmaram que, como é o primeiro pesquisando esses dados, o resultado deve ser considerado preliminar. “dados adicionais são definitivamente necessários para elucidar a potencial associação entre câncer e vacinação contra COVID-19”.
Comentário Editorial MPV
Os alarmantes dados do estudo italiano, que apontam para uma potencial associação entre a vacinação contra COVID-19 e o aumento de hospitalizações por câncer, acendem um sinal de alerta que não pode mais ser ignorado. Diante de evidências crescentes de danos de médio e longo prazo, a manutenção da obrigatoriedade vacinal para crianças no Brasil transforma-se em uma insanidade sem precedentes.
Enquanto o país persiste como o único no mundo a impor esta medida, nações com sistemas de saúde robustos abandonaram a recomendação para a grande maioria das crianças, baseadas em uma rigorosa análise risco-benefício. O surgimento de estudos como este, que demandam investigação urgente, demonstra que os reais custos dessa campanha ainda estão sendo descobertos.
É imperativo e urgente que as autoridades sanitárias brasileiras interrompam imediatamente a obrigatoriedade para crianças e revoguem qualquer exigência de vacinação COVID-19 para acesso à educação, serviços ou quaisquer outros direitos. Não é mais possível justificar a exposição de uma geração inteira a riscos potencialmente graves e ainda desconhecidos, em uma política que coloca o Brasil em isolamento científico global.
A prudência e a verdadeira ciência exigem uma pausa imediata. Pelas nossas crianças, pelo futuro do país.
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