Durante a pandemia de COVID-19, a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) tomou decisões que merecem reflexão. Em vez de estimular o diálogo entre médicos de diferentes especialidades, prática histórica e essencial para a medicina, a SBI isolou profissionais e desqualificou qualquer tratamento que não seguisse estritamente a linha oficial.
Tradicionalmente, médicos compartilham informações, são educados e corteses entre si, visando sempre o melhor cuidado ao paciente. Essa postura de censura fere diretamente essa tradição e coloca em risco a ética e a segurança do atendimento médico.
A atuação da SBI se limitou a protocolos rígidos, isolamento domiciliar sem acompanhamento, uso indiscriminado de paracetamol e espera pela queda da saturação, muitas vezes levando pacientes a chegarem ao hospital em estado grave, necessitando de intubação e, em alguns casos, sucumbindo à doença.

Membros da SBI recorreram a estudos fraudulentos para atacar a hidroxicloroquina, como os ensaios Recovery, Solidarity e o escândalo do Surgisphere. As pessoas que estudam não podem considerar esses estudos como sérios.
Convenientemente varreram para debaixo do tapete os estudos retrospectivos com mais de 30.000 pacientes em uso de hidroxicloroquina, que apontavam redução marcante da mortalidade. Ignoraram deliberadamente os estudos sobre ivermectina para impor a narrativa oficial. Há relatos de crianças tomando até 10 comprimidos de ivermectina diariamente por 6 meses, e até tentativas de suicídio com 100 doses, sem qualquer dano hepático. Mesmo assim, alguns membros se orgulhavam em exaltar supostos casos de hepatite medicamentosa em pacientes já internados, se é que realmente aconteceram, para atacar o medicamento e sustentar a narrativa oficial.
Em contrapartida, tratamentos caros e pouco testados, como Remdesivir, Molnupiravir e Paxlovid foram promovidos, e a narrativa midiática reforçou a confiança cega nessas terapias. E, claro, no fim sempre remontavam ao mesmo refrão: a salvação estaria apenas nas vacinas.
Finalizando, é fundamental lembrar: nenhum médico é obrigado a seguir cegamente diretrizes da OMS ou de qualquer sociedade médica. Essas orientações não têm força de lei, não são infalíveis e jamais anulam a responsabilidade ética individual.
Médicos não são obrigados a seguir OMS ou sociedades médicas; devem atuar segundo o Código de Ética Médica (CFM Resolução nº 2.217/2018, Art. 1º).