O Ministério da Saúde publicou uma resposta a uma série de editoriais do MPV Médicos Pela Vida onde denunciamos que o Brasil é “o único país que obriga crianças de 6 meses a 5 anos a se vacinarem contra a COVID-19“.
A suposta checagem, publicada no site do ministério da saúde, tem embaralhado a opinião pública. O texto possui o seguinte título: “É falsa a informação de que o Brasil é o único país que vacina crianças contra a covid-19”.
A estratégia do governo, porém, é clara: manipular a discussão ao ignorar o cerne da denúncia – a obrigatoriedade – e criar um espantalho ao focar em países que apenas “recomendam” a vacinação infantil, sem impor exigências legais.
A seguir, desmontamos a falácia:
1. O governo NÃO refutou a acusação central: a obrigatoriedade
O MPV denunciou que o Brasil é o único país do mundo, na contramão de todas as nações do planeta e das evidências científicas rigorosas, que impõe a vacinação contra COVID-19 como condição obrigatória para crianças. A resposta governamental, no entanto, finge ignorar a palavra “obrigar” e se limita a listar países que “recomendam” ou “oferecem” a vacina para crianças, como EUA, Canadá e nações europeias.
A falácia é óbvia: nenhum dos países citados exige a vacina como condição para acesso a serviços públicos, escolas ou benefícios sociais, diferentemente do Brasil, onde pais são denunciados ao Conselho Tutelar por não vacinarem seus filhos e, posteriormente, multados pelo judiciário. Nos EUA, por exemplo, a vacina contra COVID-19 não foi incluída no calendário escolar obrigatório, conforme reconhecido até pelo CDC. Além disso, devido à consciência dos pais sobre os efeitos deletérios do produto, a cobertura vacinal em jovens,, nos EUA, de 6 meses a 17 anos, está abaixo de 15%.
2. A União Europeia RECOMENDA, mas NÃO OBRIGA
O governo cita que a União Europeia “recomenda a vacinação de crianças a partir dos 6 meses”, mas omite que nenhum país europeu adotou a obrigatoriedade. Na Alemanha, Suécia, Dinamarca, Reino Unido e outros, a vacina é opcional, e ainda reservada apenas a crianças com comorbidades graves. Até mesmo a Espanha, mencionada no texto, só aplica a vacina em menores de 12 anos com condições clínicas específicas. Ou seja, depois de passar por um médico e ter uma receita claramente indicando.
Por que o governo não citou um único exemplo de país que impõe a vacina de forma coercitiva? A resposta é simples: porque não existe.
3. A “checagem” ignora estudos científicos que questionam a obrigatoriedade
O texto do Ministério da Saúde afirma que “os benefícios das vacinas superam os riscos”, mas não menciona os estudos citados pelo MPV – como o do British Medical Journal liderado pelo professor Vinay Prasad –, que demonstram que, para crianças saudáveis, os riscos de efeitos adversos (miocardite, pericardite) superam os possíveis benefícios, tornando a vacinação em massa injustificável e antiética.
4. A Anvisa e a quebra da ética médica
O governo celebra a aprovação da Anvisa para vacinas em crianças, mas ignora o princípio básico da medicina: toda intervenção médica deve ser precedida de consentimento livre e esclarecido, com avaliação individualizada de riscos e benefícios. Ao transformar a vacina em obrigação coletiva, o Brasil viola direitos fundamentais e submete crianças saudáveis a riscos desnecessários – algo rejeitado até pela Declaração de Helsinque.
Conclusão: uma mentira por omissão
A “checagem” do governo é um exercício de desinformação: confunde propositalmente “oferta” com “obrigação” para desviar o debate.
O Brasil está isolado na obrigatoriedade. O resto do mundo respeita as liberdades individuais, as evidências científicas e a autonomia médica. Os países europeus citados acima sequer recomendam para crianças saudáveis porque, na imensa maioria das crianças, os riscos superam os benefícios.
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