Miocardite e pericardite são documentadas apenas em vacinados contra COVID-19, aponta novo estudo inglês

Estudo envolveu mais de 1 milhão de crianças e adolescentes britânicos.
David Spencer/Unsplash

Um novo estudo publicado na revista Epidemiology em setembro de 2025, utilizando dados do sistema de saúde inglês (OpenSAFELY), analisou a segurança e efetividade da vacina BNT162b2 (Pfizer-BioNTech) em mais de um milhão de crianças e adolescentes na Inglaterra.

Os pesquisadores compararam grupos vacinados com controles não vacinados, em um desenho que emulava ensaios clínicos randomizados, utilizando estatísticas avançadas com pareamento por propensity score (PSM). 

Entre os achados de segurança mais impactantes, os autores destacam que miocardite e pericardite foram documentadas apenas nos grupos vacinados, com taxas de 27 casos por milhão de doses após a primeira dose e 10 casos por milhão após a segunda dose.

“Miocardite e pericardite foram documentadas apenas nos grupos vacinados, com taxas de 27 e 10 casos por milhão após a primeira e a segunda doses, respectivamente”, escreveram os cientistas no estudo.

Associação exclusiva com a vacinação 

Esses eventos inflamatórios cardíacos reforçam a associação exclusiva com a vacinação no período analisado. Além disso, não houve nenhum óbito relacionado à COVID-19 em toda a população estudada, e as formas graves da doença foram extremamente raras, especialmente em crianças de 5-11 anos, reforçando que não é uma doença que atinge pessoas fora do grupo de risco.

O estudo foi liderado pelo cientista Colm D. Andrews, da Universidade de Oxford, incluindo cientistas de outras instituições britânicas, como a Universidade de Bristol.

Fonte

OpenSAFELY: Effectiveness of COVID-19 Vaccination in Children and Adolescents – PMC

Comentário editorial MPV

Os Médicos Pela Vida alertam para a necessidade de uma avaliação cautelosa dos riscos e benefícios da vacinação contra COVID-19 em crianças e adolescentes saudáveis, priorizando sempre o princípio hipocrático de “primeiro, não causar dano”. Em uma população de baixo risco para formas graves da doença, como confirmado pelo próprio estudo que não registrou nenhum óbito por COVID-19, eventos adversos raros, mas exclusivos à vacinação, merecem extrema consideração.

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Redação MPV

Equipe de jornalismo do MPV - Médicos Pela Vida, uma associação médica com milhares de associados que se notabilizou no atendimento da linha de frente da COVID-19.

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