Estudo revela aumento de risco de miocardite em jovens após dose de reforço de vacinas de mRNA

Um estudo abrangente conduzido pelo epidemiologista Anders Hviid, do Departamento de Pesquisa Epidemiológica do Statens Serum Institut, na Dinamarca, publicado agora, em 15 de fevereiro, revelou que a administração de doses de reforço das vacinas de mRNA contra o SARS-CoV-2 está associada a um aumento no risco de miocardite em adolescentes e jovens adultos. Publicado no periódico científico European Heart Journal, o estudo analisou dados de quatro países nórdicos: Dinamarca, Finlândia, Noruega e Suécia.

O estudo, intitulado “Booster vaccination with SARS-CoV-2 mRNA vaccines and myocarditis in adolescents and young adults: a Nordic cohort study,” destaca a associação mais forte em homens adolescentes e jovens do sexo masculino, especialmente após a aplicação da segunda dose. A pesquisa se concentrou em avaliar o risco de miocardite após a administração de doses de reforço em indivíduos de 12 a 39 anos.

“Observamos um aumento agudo no risco de miocardite em homens de 12 a 39 anos de idade após uma vacinação de reforço de mRNA”, escreveram os cientistas no estudo. “Em mulheres de 12 a 39 anos, também observamos aumento agudo do risco de miocardite após vacinação com mRNA. No entanto, a miocardite foi muito mais rara em mulheres do que em homens”.

O periódico científico European Heart Journal é conhecido por sua qualidade e rigor científico. Com um histórico respeitável, a publicação valida a relevância e credibilidade do estudo conduzido por Hviid e sua equipe.

No total, 8.9 milhões de residentes foram acompanhados ao longo de 12.271.861 anos-pessoa, resultando em 1.533 casos de miocardite identificados. Os resultados indicam que, em homens de 12 a 39 anos, o período de risco agudo de 28 dias após a terceira dose das vacinas BNT162b2 ou mRNA-1273 está associado a um aumento na taxa de incidência de miocardite em comparação com o período pós-agudo, 28 dias ou mais após a segunda dose.  O estudo indica que a incidência de miocardite depois da terceira dose é 2.08 vezes a incidência depois da segunda dose para homens nessa faixa etária usando Pfizer e 3.99 vezes em Pfizer para mulheres.

“Em conclusão, os nossos resultados sugerem que a vacinação com doses de reforço, tal como as vacinações do ciclo primário, está associada ao aumento do risco de miocardite nos primeiros 28 dias após a vacinação em adolescentes e adultos jovens”, afirmam os autores.

“Estimamos que 0,86 por 100.000 homens de 12 a 39 anos sofrerão hospitalização por miocardite dentro de 28 dias após a vacinação de reforço”, explicaram os cientistas sobre os riscos das vacinas Pfizer.

“Nossos resultados são importantes na avaliação dos riscos e benefícios da vacinação contra a COVID-19. Essa avaliação deverá também ter em conta os riscos associados à infeção por COVID-19”, concluíram os cientistas.

Comentário MPV

Este estudo só fala da terceira dose e das internações por miocardite dentro de 28 dias. Os dados cumulativos de múltiplas doses ainda estão sendo coletados.

A inflamação pode reduzir a capacidade do coração de bombear sangue, causando coágulos sanguíneos, derrames, parada cardíaca e potencialmente morte.

A miocardite é um efeito colateral conhecido das vacinas de mRNA da Covid, mas a maioria das pessoas não sabe que a tem, o que a torna uma potencial bomba-relógio para os pacientes.

Fonte

Booster vaccination with SARS-CoV-2 mRNA vaccines and myocarditis in adolescents and young adults: a Nordic cohort study

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